SINPROESEMMA MANIFESTA APOIO À GREVE DOS PROFESSORES EM DAVINÓPOLIS

     Os professores do município de Davinópolis, distantes à 27,9 Km de Imperatriz, representados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino em Davinópolis (SINTEED), permanecem em greve por tempo indeterminado. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (SINPROESEMMA) veio hipotecar seu apoio, por meio do coordenador regional André Santos, que esteve na cidade para apoiar os professores que permanecem em greve desde o dia 28 de julho.

     
     Das reinvindicações da categoria, até o momento, nada foi atendido. A data base da classe é em abril e no mês de março o SINTEED protocolou uma proposta de acordo junto à prefeitura do município. Segundo a secretária de imprensa da instituição, Deusa Maria Rabbelo Costa, o poder municipal só veio a se manifestar no mês de maio. Após isso, ela esclarece como se deram as negociações entre o sindicato e a prefeitura. “Entre maio e junho só tivemos quatro sentadas e dessas o prefeito compareceu em duas. Nas outras, foram os seus secretários que vieram. A contraproposta não foi o esperado pela categoria, bem abaixo ao ano passado (2013) . O reajuste do Fundo de Benefícios dos Servidores do Estado do Maranhão (FUNDEB), considerando o valor aluno ano, esse ano está de 13%, mas a contraproposta da prefeitura foi 6,55%. Muito pouco, comparado ao ano passado, que tivemos 8%”, explica.

     Os motivos que ocasionaram a greve em Davinópolis, questionados pela classe, foi a falta de atenção do Governo local quanto às propostas levantadas pelos professores de melhorias de condições de trabalho e reajuste salarial, que segundo a presidente do SINTEED, Raimunda dos Santos, a situação poderia ter outro quadro. “Se eles tivessem nos dado atenção no período certo, conforme tentamos em quatro momentos distintos, essa greve não teria jamais acontecido. Porque quem faz uma greve acontecer é a falta de atenção do gestor”, desabafa.

     Apesar da reivindicação principal ser o reajuste salarial, Deusa Maria esclarece como é a situação atual das salas e reivindica melhorias. “ A proposta contempla a questão da manutenção das escolas, porque é muito importante pra gente. Além do reajuste salarial, temos uma deficiência muito grande de carteiras, ventilação, iluminação. É uma decadência só! Então tudo isso faz parte do acordo coletivo”. 

     Sobre o instrumento legal de luta, no caso a greve, o professor André Santos destacou a importância de apoiar o movimento grevista da classe educadora em Davinópolis. “Os trabalhadores da educação são vítimas, a cada momento, dos ataques de governos inescrupulosos que tanto negam como tentam tirar direitos desses profissionais. A luta dos professores de Davinópolis merecem todo o nosso apoio e a nossa solidariedade, porque é a luta pela valorização da nossa categoria e da educação”, afirma.


kalyne Cunha

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