Nesta sexta-feira (20), é celebrado o Dia da Consciência Negra. A data chama atenção da sociedade para a preservação da cultura, das história e tradição dos povos africanos no Brasil. Em todo o país, haverá apresentações culturais, palestras e passeatas para denunciar as desigualdades sociais e o preconceito. Mas você sabe o porquê do dia?
A data foi incluída no calendário nacional em 2003, mas foi oficializada somente em 2011 pela Lei Nº 12.519, sancionada pela presidente Dilma Rousseff. O dia 20 de novembro é uma homenagem à morte de Zumbi dos Palmares, líder do maior quilombo do período colonial.
Apesar de ter entrado para o calendário nacional há pouco tempo, o dia da morte do líder do Quilombo dos Palmares é celebrada há mais de 30 anos por ativistas do movimento negro no Brasil, como símbolo da luta contra o racismo e as desigualdades sociais.
Por isso, abrir espaço dentro das escolas para tratar desde cedo sobre assuntos como o preconceito étnico-racial e a exclusão do negro na sociedade brasileira é de extrema importância, para que desde criança se entenda o valor das heranças deixadas pelos negros não só na música, na dança, na culinária e na história do nosso país.
Como forma de estimular o debate, em 2003 o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a Lei Nº 10.639, alterando a Lei 9.394, para incluir a história da Africa e dos Africanos, a cultura negra e as suas contribuições nas áreas sociais, econômica e política no Brasil nas instituições escolares da rede pública ou privada.
Segundo Izabel Cristina, secretária adjunta de Políticas Sociais do SINPROESEMMA (Sindicato dos Servidores em Educação Pública do Maranhão), após a aprovação de lei a sociedade começou a enxergar mais a importância dos negros para o Brasil, principalmente levando esse conteúdo às escolas, onde são formados os cidadãos do futuro.
“Ter uma lei que determine a instituição do ensino da Cultura e História Afro-brasileira e africana nas escolas e universidades, é uma forma de reconhecer o valor da etnia africana na constituição da população brasileira, além de ser uma tentativa de diminuir uma dívida histórica com os povos africanos”, destaca a dirigente.
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