Após
assembleia realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica das
Redes Pública s Estadual e Municipais do Maranhão (Sinproesemma), dia 2 de
abril, a Rede Estadual de Ensino de Imperatriz decidiu paralisar suas
atividades durante os dias 5 e 7 deste mês. O objetivo da paralisação de
advertência é cobrar o cumprimento da Lei do Piso (Lei Federal nº11.738/2008) e
Lei Estadual nº9.860/2013 (Estatuto do Educador), que estabelece a recomposição
salarial no mês de janeiro e também por melhorias na infraestrutura das
escolas.
De acordo
com o vice-coordenador do Sinproesemma, André Santos, o Governo do Estado se
apresenta inerte diante da situação da categoria. “Até esse momento o Governo
do Estado não anunciou e não concedeu o reajuste que é legal, que é direito da
categoria conseguido nas lutas e nas greves. Nessa luta, estamos em uma etapa
que precisamos fazer uma campanha pela greve geral no estado [em conformidades
com as demais regionais]”, esclarece o professor diante da situação calamitosa
a qual se encontra os trabalhadores da educação.
1º dia de
paralisação (5 de abril):
Os educadores fizeram o velório e o enterro
simbólico do Governo do Estado por suas práticas em relação à educação do
estado do maranhão. Para o coordenador regional do Sinproesemma, Stênio José
Carvalho, o ato público realizado na manhã de 5 de abril, na Praça de Fátima,
simbolizou o “enterro de uma gestão viciada! O Governo mostra um desinteresse
completo com relação a um dos aspectos mais importantes, [o reajuste
salarial].” O coordenador relata que “a
recomposição salarial deveria ser abraçada pelo Governo, afinal de contas, foi
uma das pautas de sua campanha inerente a valorização dos educadores. Nós
estamos cobrando um processo de respeito e dignidade com relação à educação
pública estadual”, enfatiza o sindicalista.
2º dia de
paralisação (7 de abril):
Os trabalhadores da educação protestaram na
Unidade Regional de Educação (URE) e buscaram apoio na Câmara Municipal de
Imperatriz.
URE
Por
estarem mais próximos do poder político do maranhão os professores fizeram uma
caminhada até a Unidade Regional de Educação para que os gestores possam
acompanhar a atual situação de calamidade na educação do estado. Para o
coordenador do Sinproesemma o momento foi importante, pois “é preciso fazer
essa cobrança para que as nossas reivindicações sejam atendidas de maneira
satisfatória”.
Câmara
Municipal de Imperatriz
De acordo
com Stênio, a paralisação em frente à câmara teve o objetivo de reivindicar ,
junto aos vereadores, uma resposta do Governo para as questões da categoria.
“Que eles façam uma monção de apoio e marquem uma audiência reivindicando uma
ação do Governo e um posicionamento político dos vereadores, para sanarmos
essas questões da categoria que não envolvem apenas a recomposição salarial,
mas os 25 pontos da Campanha Salarial encaminhadas ao Governo do Estado”.
Para o professor Rubens José, a luta da categoria é para que se faça o
cumprimento da Lei do Piso. “A nossa briga é justamente pelo o que já está no
Estatuto do Educador, o repasse anual. O governador nos alega que somos o
segundo maior salário do Brasil, mas para uma categoria que tem uma luta árdua,
sofrida, sem amparo e condições é pouco. Não é muito pouco, é pouco, pouco
mesmo!”, desabafa o educador diante do atual cenário da educação no estado.
Kalyne Cunha
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