O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica das Redes Públicas Estadual e Municipais do Maranhão (Sinproesemma) Júlio Pinheiro, e o secretário-adjunto de Assuntos Jurídicos, Henrique Gomes, participaram, na última quinta-feira (27), da videoconferência “Eleição de Gestores: desafios e perspectivas para o fortalecimento da gestão democrática”. A transmissão, organizada pela Secretaria de Estado da Educação, ocorreu no Centro de Ciências Sociais da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e foi acompanhada por cerca de 40 candidatos a gestores de São Luís.
Segundo a diretora da Unidade Regional de Educação de São Luís, Nadia Dutra, o objetivo da videoconferência é oferecer aos candidatos ideias sobre liderança, gestão de pessoas e recursos financeiros, para que os profissionais se simpatizem como os desafios de estar à frente da gestão das escolas.
A videoconferência foi elaborada pelos doutores do departamento de educação da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Carlos Dublant e Maria José. Na aula, os docentes fizeram um resgate histórico sobre a luta pelo instituto da eleição para gestor escolar no país. Segundo a professora Maria José, há registros do combate contra a indicação do cargo por políticos desde o ano de 1930 e a disputa e foi intensificada após a redemocratização do país.
Entre os objetivos da eleição, a doutora Maria José cita a consolidação da cultura democrática no ambiente escolar e o rompimento de práticas autoritárias, ou seja, o fim do uso do cargo para atender interesses políticos de prefeitos, deputados e vereadores.
Para o professor Carlos Dublant, o pleito pelas eleições é encabeçado por sindicatos e entidades de representação de classe no Brasil. No Maranhão, o pesquisador destacou o artigo 60, do Estatuto do Educador, legislação aprovada após a greve do magistério de 2013.
Carlos argumenta que o dispositivo criado pelo SINPROESEMMA abriu caminho para o governador Flávio Dino sancionar, no começo deste ano, a medida provisória para a abertura do processo democrático de escolha dos gestores escolares.
Para o professor Júlio Pinheiro, a aprovação das eleições não mudará significativamente a qualidade do ensino público maranhense. “A eleição não vai resolver o problema da escola, mas é um instrumento que vai descontruir uma cultura política antidemocrática no nosso estado”, ressaltou.
Segundo o dirigente, os grandes avanços da educação estão condicionados ao aumento dos investimentos para garantir o cumprimento do Plano Nacional de Educação (PNE), principalmente a meta 17, que garante a equiparação dos salários dos professores com outras profissões de nível superior.
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